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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Caminhões FNM - Fenemê




HISTÓRIA

A Fábrica Nacional de Motores (FNM) foi uma empresa brasileira fabricante de motores. Ela foi concebida para fabricar motores aeronáuticos mas ampliou a sua atuação para a fabricação de motores de tratores e caminhões, atividade pela qual ela é mais conhecida.

Foi fundada no período da história brasileira chamado de Estado Novo. A criação da fábrica, junto com outras iniciativas (como a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Nacional de Álcalis, Companhia Hidrelétrica do São Francisco e outras), visou transformar o Brasil em uma economia industrializada.

A FNM foi erguida como uma empresa estatal, na região da Baixada Fluminense, mais precisamente na cidade de Duque de Caxias. Os primeiros motores de avião fabricados pela FNM tinham tecnologia licenciada da empresa estadunidense Curtiss-Wright.

Ao final da Segunda Guerra Mundial a fábrica foi obrigada a diversificar a sua produção e licenciou a tecnologia da empresa italiana Isotta Fraschini Spa para fabricação de caminhões da mesma marca. Em 1949, após a falência da empresa italiana, a FNM fez um novo contrato com a empresa Alfa Romeo para o desenvolvimento de um novo caminhão com motor e cabine criados no Brasil.

Os caminhões fabricados pela empresa, chamados de Fenemê, alcançaram relativo sucesso na época. Foram fabricados aproximadamente 15.000 veículos pela empresa. Em 1968 a empresa foi vendida para a Alfa Romeo que posteriormente foi incorporada pela FIAT. Em 1985 a FIAT resolve encerrar as operações da Fábrica Nacional de Motores.



MODELOS E CABINES

Existiram várias cabines que equiparam os caminhões fenemê, provavelmente fabricadas artesanalmente em pequenas oficinas, pois há registros fotográficos de algumas delas, embora não se tenha informações precisas acerca das empresas que as montaram.

FNM ISOTTA FRASCHINI



Caminhões FNM R-80 desfilando na Av. Rio Branco, no Rio de Janeiro, em 30 de dezembro de 1949, quando do lançamento das primeiras 50 unidades.Foi o único FNM com cabine recuada (“bicudo”).

CABINE ALFA ROMEO

Poucas unidades importadas, até o início da fabricação das cabines nacionais.

CABINE 800 BR

Primeira cabine fabricada pelo FNM.

CABINE STANDARD


Produzida entre 1951/1952 a 1953, quando deu lugar à cabine Standard que foi produzida até 1972.

CABINE STANDARD
Standard farol e lanterna “deitados”:

Com a grade nova (1966 a 1972):



Farol e lanterna “em pé” – somente ano 1958 para D11.000

CABINE INCA


Ano 1950, tinha os vidros do pára-brisas basculantes, que abriam para frente, ventilando o seu interior.

CABINE BRASINCA


São Caetano do Sul – 1954 a 1962 – Uma das principais cabines utilizadas pela FNM, um pouco maior e mais luxuosa que as outras.

CABINE METRO


Rio de Janeiro – 1951 a 1959/60 – A única cabine que abria a porta pela parte de trás, como os caminhões e carros de outras marcas.

CABINE CAIO


São Paulo- anos 50 – Era utilizada principalmente nos fenemês Papa-Filas. (ônibus de grande porte semelhante a uma carreta, rebocado por um cavalo mecânico). As últimas, mais modernas, tinham 4 faróis e se pareciam com os ônibus da própria CAIO.

CABINE DRULLA


Curitiba – 1951 a 1959/60 – tinha o interior (estrutura) feito de madeira.

CABINE FUTURAMA


Protótipo que chegou a ser apresentado à imprensa especializada e ao público no Salão do Automóvel de 1967 (S.Paulo), mas que foi abandonada e não chegou a entrar em produção.

CABINE FNM 180 E 210



1972/1979 era a mesma cabine do MILLE, utilizada nos Alfas italianos de 1958 a 1964. Mais moderna e espaçosa que as anteriores

POR DENTRO











Um comentário:

  1. Mesmo nascido na década de 70's cheguei a ver diversos caminhões FNM pelas ruas & estradas Paulistas e ficava muito curioso...

    Pois entre tantos outros modelos e marcas novos ou antigos os FNM sempre me chamavam + atenção pelo seu jeito diferenciado.

    Parabéns pelo belo trabalho de informação & cultura.

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